35 I have shewed you all things, how that so labouring ye ought to support the weak, and to remember the words of the Lord Jesus, how he said, It is more blessed to give than to receive.
1E aconteceu depois disso, que Jesus andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e com ele os doze,
2e algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios;
3e Joana, a mulher de Cuza, mordomo de Herodes; e Susana, e muitas outras, que lhe serviam com seus bens.
4E quando se ajuntou uma multidão, e vindo a ele de todas as cidades, disse por parábola:
5Saiu um semeador a semear sua semente; e quando semeava, caiu uma parte junto ao caminho, e foi pisada, e as aves do céu a comeram.
6E outra parte caiu sobre a pedra; e nascida, secou-se, porque não tinha umidade.
7E outra parte caiu entre espinhos, e nascendo com ela, os espinhos a sufocaram.
8E outra parte caiu em boa terra, e nascida, produziu fruto a cem por um. Depois que disse coisas, clamava: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
9E os seus discípulos lhe perguntaram: Que parábola é esta?
10Ele disse: A vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus; mas aos outros por parábolas, para que vendo, não vejam; e ouvindo, não entendam.
11Esta é, pois, a parábola: a semente é a palavra de Deus.
12Os que estão junto ao caminho são os que ouvem; depois vem o diabo, e tira-lhes do coração a palavra, para que não creiam nem se salvem.
13E os que estão sobre a pedra são os que, quando ouvem, recebem a palavra com alegria, mas esses não têm raiz, pois creem por algum tempo, mas no tempo da tentação se desviam.
14E o que caiu entre espinhos são os que ouviram, e indo, sufocam-se com as preocupações, e riquezas, e prazeres da vida, e não produzem bom fruto.
15E o que caiu em boa terra, estes são os que, ouvindo a palavra, conservam-na num coração honesto e bom, e dão fruto que permanece.
16E ninguém, quando acende uma lâmpada, cobre-a com algum vaso, ou a põe debaixo da cama; em vez disso põe na luminária, para que os que entram vejam a luz.
17Porque não há coisa oculta que não venha a se manifestar; nem coisa escondida que não venha a ser conhecida, e chegada à luz.
18Portanto, prestai atenção a como ouvis; pois àquele que tiver lhe será dado; e àquele que não tiver, até o que lhe parece ter, dele será tirado.
19E vieram a ele sua mãe e seus irmãos, mas não conseguiam chegar a ele por causa da multidão.
20E foi-lhe anunciado, dizendo: “Tua mãe e teus irmãos estão fora, e querem te ver”.
21Porém, ele lhes respondeu: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a praticam”.
22E aconteceu, num daqueles dias, que Jesus entrou em um barco com seus discípulos, e disse-lhes: “Passemos para o outro lado do lago”. E partiram.
23E enquanto navegavam, Jesus adormeceu; então desceu uma tempestade de vento no lago, e enchiam-se de água , e estavam em perigo.
24Então se aproximaram dele e o despertaram, dizendo: “Mestre, Mestre, estamos perecendo!” E ele se levantou, repreendeu o vento e as ondas da água; e pararam, e fez-se bonança.
25E disse-lhes: “Onde está a vossa fé?” Mas eles, temendo, admiravam-se, e diziam uns aos outros: “Quem é este, que manda até aos ventos, e à água, e lhe obedecem?”
26E navegaram para a terra dos gadarenos, que é do lado oposto à Galileia.
27E quando ele desceu à terra, veio da cidade ao seu encontro um homem, que havia muito tempo que tinha demônios, e não andava vestido, nem habitava em casa nenhuma, mas sim, nos sepulcros.
28Ele viu Jesus, então exclamou, prostrou-se diante dele, e disse com grande voz: “O que eu tenho contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes.”
29Porque ele mandava ao espírito imundo que saísse daquele homem; pois muitas vezes apoderava-se dele. E o mantinham preso com cadeias e grilhões; porém ele quebrava o que lhe prendia, e era conduzido pelo demônio aos desertos.
30E Jesus lhe perguntou: “Qual é teu nome?” E ele disse: “Legião” (porque muitos demônios tinham entrado nele).
31E rogavam-lhe que não os mandasse ir para o abismo.
32E havia ali uma manada de muitos porcos, que pastavam no monte; e rogaram-lhe que lhes concedesse entrar neles; e ele lhes concedeu.
33Os demônios saíram daquele homem e entraram nos porcos; e a manada se lançou de um precipício no lago e se afogou.
34Quando os que cuidavam dos porcos viram o que havia acontecido, fugiram; então foram anunciar na cidade e nos campos.
35E saíram para ver o acontecido, e vieram até Jesus; e acharam ao homem de quem os demônios tinham saído, vestido e em pleno juízo, sentado aos pés de Jesus; e temeram.
36E os que tinham visto contaram-lhes também como aquele endemoninhado havia sido liberto.
37E toda o povo da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se retirasse deles; porque foram tomados por grande temor. Então ele entrou no barco e voltou.
38E aquele homem, de quem os demônios tinham saído, rogou-lhe para que lhe permitisse estar com ele; mas Jesus o despediu, dizendo:
39“Volta para tua casa, e conta como foram grandes as coisas que Deus te fez”. Ele se foi, e pregou por toda a cidade, como foram grandes as coisas que Jesus lhe tinha feito.
40E aconteceu que, quando Jesus voltou, a multidão o recebeu; porque todos o estavam esperando.
41E eis que chegou um homem, cujo nome era Jairo, e era chefe da sinagoga. Então ele se prostrou aos pés de Jesus e rogou-lhe que entrasse em sua casa;
42porque tinha uma filha única, com doze anos de idade, que estava a ponto de morrer. E enquanto ele ia, as multidões o apertavam.
43E uma mulher que tinha um fluxo de sangue, havia doze anos, e já tinha gastado todos os seus pertences com médicos, e não pôde ser curada por nenhum.
44Ela se aproximou de Jesus por detrás, e tocou a borda de sua roupa; e logo o fluxo de seu sangue parou.
45E Jesus disse: “Quem me tocou?” Enquanto todos negavam, disse Pedro: Mestre, as multidões te apertam e empurram!
46Jesus disse: “Alguém me tocou, pois sei que poder saiu de mim”.
47Então a mulher, vendo que não podia se esconder, veio tremendo, prostrou-se diante dele, e declarou-lhe diante de todo o povo a causa por que o havia tocado, e como logo havia sarado.
48E ele lhe disse: Filha, a tua fé te sarou; vai em paz”.
49Estando ele ainda falando, veio um da casa do chefe da sinagoga, que lhe disse: “Tua filha já está morta, não incomodes o Mestre.”
50Porém quando Jesus o ouviu, respondeu-lhe: “Não temas; crê somente, e ela será curada”.
51E quando entrou na casa, a ninguém deixou entrar, a não ser a Pedro, Tiago, João, e ao pai e à mãe da menina.
52E todos choravam e lamentavam por ela; mas ele disse: “Não choreis; ela não está morta, mas dorme”.
53E riam dele, porque sabiam que estava morta.
54Porém ele, depois de expulsá-los todos, segurou a mão dela e clamou: “Levanta-te, menina”.
55Então seu espírito voltou, e ela logo se levantou; e Jesus mandou que dessem de comer a ela.
56E seus pais ficaram maravilhados, mas ele lhes mandou que a ninguém dissessem o que havia acontecido.